24 de setembro de 2013

Joey Jordison fala sobre Scar The Martyr; diz sobre nenhum tempo definitivo para o retorno de Slipknot - 24/09/13


Qualquer projeto ligado ao nome de Joey Jordison receberá uma grande quantia de atenção. Afinal, Jordison é a espinha dorsal do Slipknot e a força de direção por trás de Murderdolls. No entanto, com uma influência industrial forte e o apoio de uma banda com músicos notáveis, Scar The Martyr prova que Jordison não é um truque. E enquanto ouvimos um punhado de canções e previews, assim como quem teve a chance de vê-los ao vivo, os fãs poderão ouvir o auto-intitulado do Scar The Martyr na íntegra em 01 de Outubro.

Antes de ir para a estrada na próxima turnê com Scar The Martyr (veja as datas no fim), tivemos a oportunidade de falar com Jordison. Durante nosso bate-papo, Jordison discutiu sobre a música do Scar The Martyr, e o lineup veio junto, e o que ele espera com o projeto. Além disso, Jordison nos dá esclarecimento sobre os planos do Slipknot em 2014 (ou falta deles), e como Murderdolls "seguiu seu curso".

Eu sei que você estava falando em material para um projeto solo, mas como é que ele acabou se tornando no Scar The Martyr?

A coisa toda foi em um ano e meio, talvez um pouco mais. Na época, quando essa coisa toda começou, era só eu fazendo música para mim mesmo, no mesmo lugar que foi gravado o All Hope Is Gone [álbum do Slipknot]. E eu apenas estava ali sentado trabalhando em materiais, escrevendo sons e me peguei depois de três ou quatro músicas, "Foda-se. Bem, eu não tenho planos agora, ao invés de demos, coisas para mais tarde ou incompletas, eu deveria criar um projeto porque está tudo saindo bem." Então eu comecei a planejar e mapear tipo, "Okay, se eu for fazer outro projeto, eu quero que seja algo completo e certo.", Eu não queria algo meia-boca ou qualquer coisa assim. Então eu comecei a realmente aperfeiçoar de modo que eu queria fazer, e comecei a escrever materiais. No Sound Farm, o mesmo estúdio, comecei algumas faixas, das quais a maioria estão no álbum do Scar The Martyr. Quando cheguei lá, foi um efeito dominó. Eu pegava algo já feito, corrigia um pouco e reorganizava alguma merda, e assim já tinha ideia para o próxima, e ia como uma bola de neve. Ele [o projeto] só continuou a partir daí. E então eu comecei a pensar nos músicos que eu queria, uma vez que eu sabia que teriam de ser em tempo integral.

Você estava mencionando os músicos que queria trazer, eu lembro de ter ficado surpreso mas impressionado ao ouvir que Chris Vrenna [ex-Nine Inch Nails/Marilyn Manson], Jed Simon [Strapping Young Lad] e Kris Norris [ex-Darkest Hour] estavam no quadro. Como é que eles se envolveram?

Basicamente, uma vez que eu sabia que iria gravar, eu tinha que encontrar um vocalista em primeiro lugar. Assim entrei em contato com Henry Derek através de um amigo em comum. Ele recomendou Henry, e o enviei um monte de músicas. Enviei-lhe umas 5, como "Blood Host", "Dark Ages", "My Retribution", "Last Night On Earth" e "Never Forgive, Never Forget", eu acho. E ele me enviou um par desses de volta e eu estava fazendo teste com um monte de cantores, e pensei "Porra, que som!", Então quando tinha Henry, ou seja, o vocalista já estava travado, eu sabia: "Ok, é hora de buscar outras pessoas." Então eu tenho o produtor Rhys Fulber. Uma vez Rhys e todos nós nos reunimos em Iowa e começamos a gravar, mas eu precisava de guitarristas. Foi quando começamos a falar de guitarristas no estúdio e foi assim que acabamos com Jed e Kris.

Conheço Jed desde que o Slipknot saiu em turnê com Fear Factory em 2004, a turnê Jagermeister, foi quando nos encontramos pela primeira vez. Jed chegou no palco e foi incrível pra caralho. Eu estava encantado com o que ele fez, e ele tinha uma grande associação de trabalho com Rhys. EM seguida, James Murphy, com quem trabalhei no álbum da Roadrunner United, me recomendou Kris Norris. São dois estilos totalmente diferentes de tocar, mas eles são incríveis pra caralho. E seus estilos, a forma como saltam de si, é ótimo, porque eles são muito originais. Tendo esses dois guitarristas, realmente ajudou a moldar a gravação e trouxe um monte de personagem.

Com Chris Vrenna, que era uma espécies de acéfalo para mim, porque eu conheço Chris a bastante tempo. Eu só queria trazer um ótimo teclado e pouco industrial e fazer um monte de paisagens sonoras na gravação. Ele era um acéfalo. Liguei para ele, ele foi até Iowa e começou a trabalhar imediatamente e começamos a colaborar no estúdio. Nós não terminamos todo o álbum com teclados em Iowa. Ele voltou para LA e eu tinha alguns shows com o Slipknot para fazer. Então eu fui e fiz aqueles, e voei diretamente para LA depois dos shows do Slipknot e Chris tinha todo o álbum feito, com suas seções. Não havia nada que precisasse mudar, era perfeitamente foda. Assim, toda a experiência de gravação e todo o tempo que foi necessário para obter toda esta gravação feita, foi uma viagem e tanto. Mas é completamente gratificante. Quando eu escuto ele de volta, eu não poderia ficar mais feliz.

Sei que tem sido um fã de música industrial e podemos perceber isto em sua música. Mas você poderia dizer que, uma vez que os quatro se envolveram, o projeto tomou um rumo diferente do previsto?

Sim, eu acho que é por isso que eu estava tão determinado em encontrar quem eu queria para estar envolvido nisso. Todo mundo é um mestre em sua arte e instrumento, mas uma vez que estão envolvidos no que estamos fazendo, é o que ajuda a moldar. Quero dizer, eu posso ter todos os riffs do mundo, e batidas de bateria e toda essa merda, mas sem seus personagens e influência sobre a gravação, e como eles tocaram, é assim como o som começou a se desenvolver. Sério, eu não poderia ter pedido por pessoas melhores nessa gravação, porque saiu tão incrível.

Esta é mais uma pergunta sobre longo prazo, mas o que você espera conseguir com o Scar The Martyr que sentiu que não podia fazer com o Slipknot ou até mesmo com Murderdolls?

Bem, o Scar The Martyr é apenas outro projeto. E a coisa é, se eu iria fazer outro projeto, teria que ser adequado. Não dizendo algo negativo contra o Murderdolls, mas não era como se estivéssemos empurrando as fronteiras ou qualquer coisa assim. Não machuque Murderdolls, porque foi incrível e eu amei essa banda, mas seguiu seu caminho, sabe? Eu queria voltar a fazer músicas que empurrassem as fronteiras, levando mais envolvimento e isso é mais construtivo. Então é por isso que criei outro projeto, que teve de vir com força total, e é por isso que tenho alguns dos melhores músicos de primeira qualidade para me ajudar.

Você mencionou como Jed e Kris são guitarristas bem diferentes. Deve ser muito divertido tê-los no palco tocando com você em um ambiente ao vivo.

Sim, é ótimo pra caralho, cara. Não são apenas ótimos tocadores, mas também tocam muito bem ao vivo e eles são ótimas pessoas. Quer dizer, eu fiz alguns grandes amigos fora disto, que é apenas um bônus. É bem legal porque eles me inspiram. Vê-los tocar, e não somente escrevendo coisas para o próximo lançamento do Scar The Martyr, mas a forma como a banda se dá bem. É realmente um encontro de mentes de diferentes formas. Todo mundo veio sem conhecer ao outro da banda, não chegamos a conhecer uns aos outros e agora formamos um vínculo tão forte, é apenas mágico de diferentes formas.

Você acabou de mencionar que está trabalhando em um novo material, então significa que o Scar The Martyr não ficará parado? Esta é uma nova banda que se moverá para frente?

Bem, nosso primeiro disco irá sair [em Outubro], mas esta é uma banda de tempo integral.

Bem eu tenho que lhe perguntar como você foi bastante inflexível sobre a volta do Slipknot ao estúdio, e não foi até agora recentemente que seus companheiros se sentiam da mesma maneira. E agora muitos dos seus companheiros estão dizendo que 2014 será o ano de retorno do Slipknot. O que 2014 realmente significa para o Slipknot, e o que isso significa para o Scar The Martyr?

Bem, honestamente, com todo a porcaria de ele-disse-ela-disse que se passa no mundo da Internet ou entrevistas e qualquer coisa assim, eu digo, tem sido bem reconhecido o lançamento do Scar The Martyr que está saindo em 01 de Outubro e eu vou estar em turnê por pelo menos um ano, se não mais com a banda. Esse é o meu plano. Nós ainda vamos fazer shows com o Slipknot aqui e ali, mas em relação a uma nova gravação para o Slipknot, todos nós apenas estamos trabalhando no material. Haverá SIM outra gravação do Slipknot, eu prometo. É só o fator do tempo, sabe? Todos nós temos outras coisas que estamos fazendo agora.

Portanto, não há nenhum plano de tempo definido para o Slipknot.

Não, não há.

Você começou a falar sobre isso antes, sobre Murderdolls. Eu sei que Wednesday 13 falou sobre como não há nenhuma maneira de Murderdolls voltar em breve. O que exatamente ocorreu no final do curto retorno em 2010 que fez seu caminho?

Bem, nada realmente aconteceu, só saímos e fizemos algumas coisas. Eu realmente amei a última gravação do Murderdolls. É que para mim, pessoalmente, eu não tinha o suficiente, sabe? Quero dizer, foi divertido, mas não é onde meu coração está na música. Eu me sinto melhor com tambores e os aspectos mais pesados e mais escuros da música. Eu preciso me esforçar em diferentes áreas e que não pode contar com Murderdolls para me satisfazer artisticamente.

Então você concorda que a chance do Murderdolls voltar em breve é improvável?

Em breve? Não é provável, não.

Então você mencionou que o Scar The Martyr estará em turnê em apoio ao novo álbum, pelo menos, até o fim do próximo ano. Eu sei que você estará saindo em turnê em breve, e você já excursionou com Danzig, mas e todas as outras turnês?

Nós temos nossa turnê chegando e isso é todos os dias como headliner. Temos uma turnê européia chegando, então nós pulamos em outra turnê, que é duvidoso agora. Nós não sabemos o caminho que estamos indo, mas é uma grande turnê, mas eu não posso dizer ainda por razões políticas [Nota do editor: logo após a realização da entrevista, Scar The Martyr anunciou datas norte-americanas com Sepultura e uma turnê pelo Reino Unido com Alice In Chains, mas não está claro se essas eram as turnês que ele estava se referindo.] Mas a coisa é, Scar The Martyr estará em turnê desde agora, provavelmente, até mais um ano e meio.

Sem revelar nada sobre esta grande turnê, há alguma banda que você adoraria ver com Scar The Martyr?

Sabe, honestamente, agora nós estamos bem em turnê com ninguém. Nós não estamos muito exigentes. Enquanto há um bom público e eles anseiam música pesada, é onde nós vamos.

Confira as datas da turnê do Scar The Martyr aqui:

09/27 Kansas City, MO @ The Riot Room

09/28 Little Rock, AR @ Juanita’s

09/30 Tulsa, OK @ The Vanguard

10/02 San Antonio, TX @ White Rabbit

10/03 Houston, TX @ Scout Bar

10/04 Dallas, TX @ Trees

10/05 Shreveport, LA @ Riverside Warehouse

10/06 Sauget, IL @ Pop’s

10/08 Des Moines, IA @ Wooly’


Traduzido de: Metal Insider
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